sábado, 31 de janeiro de 2009

Quase nada...


Sempre fui uma pessoa questionadora. Eu sempre quis entender o porquê que as pessoas cruzam o caminho das outras. Qual a real intenção, ou a finalidade que existe nesta interposição de caminhos, de destinos. Isso sempre me fez parar no tempo e pensar.
Você já reparou em quantas pessoas que já entraram na sua vida? o que elas fizeram por você ou mesmo o que você fez a elas...
Será que fomos um atalho, um desvio, uma estrada de rodagem mas com um sinal de proibido em determinado ponto do caminho.
Quantas pessoas tentaram descobrir quem realmente somos ou onde as nossas estradas os iriam levar e a gente os lançou fora desta via para sempre?
Ou quantos foram os trilhos que não pudemos, por mais que tentássemos, atravessar?
Isso sempre acontece. E por que será que existem determinadas pessoas que não se consegue apagar por mais que o tempo modifique a nossa mente?
É aquela velha história: 'tudo na vida passa... menos você' - piegas mas é o real. É o mesmo que o próprio Zeca Baleiro se questiona: 'Se tudo passa, como se explica o amor que fica nessa parada?'
. Como explicar a saudade e a sua foto em preto e branco que a gente visualiza como um filme colorido - apenas em nossa mente? Como admitir que as pessoas que estão conosco neste filme - nem sequer pensam em nós e nem ousam lembrar de nós? Estamos guardados ou até mesmo esquecidos em algum lugar - nas estantes do pensamento do passado.
São as incertezas do amor... nunca haveremos de entender o que acontecerá... o que basta será viver o que virá e tentar fazer desta vivência o melhor que há. Sempre observei que - por mais que a gente ache que nada tem de bom dessas relações que se travam e se desfazem - há ensinamentos. Os que nos trazem saudades boas, fizeram com que o amor se tornasse mais forte. Nos fizeram e nos farão para sempre acreditar nele. O pensar que é possivel ser ingênuo, acreditar no amor, pois é uma coisa boa e todos merecem sentir no peito este queimor gostoso, com cheirinho de paz que só os que gostam demais conseguem sentir. Aos que nos fizeram chorar, a certeza de que nos tornaram mais maduros, mais fortes e mais conscientes dos nossos limites, dos limites do outros - enfim, nos fizeram amadurecer. Endurecer (talvez)... mas como diria Che Guevara SEM PERDER A TERNURA.
Ninguém merece ser uma pessoa amarga, ninguém merece perder o que há de bom... Todos merecem o melhor... portanto, ao invés de observar o que há de tão ruim - melhor seria ver as lições que isso nos traz. Se isso lhe fizer endurecer, lembrar que as pessoas são diferentes umas das outras e ninguém deve pagar pelo erro do outro ou pelos nossos próprios erros inconscientes. A gente tem que aprender que, por mais que a gente pense demais, da vida não sabemos...
QUASE NADA!